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Paisagem Urbana – Gordon Cullen

Para Gordon Cullen, um edifício é arquitetura, mas dois seriam já paisagem urbana. De acordo com ele, o conceito de paisagem urbana exprime a arte de tornar coerente e organizado visualmente o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente urbano.  A cidade tem o poder de gerar um ambiente confortável para o homem, este é um dos muitos motivos pelos quais as pessoas preferem viver em comunidades ao invés de isoladas. No seu livro A Paisagem Urbana, mostra-nos a sua visão da paisagem e como através de imagens do quotidiano, vistas através do pedestre ou transeuntes, estudou e analisou as ruas, praças, parques, estradas, etc. Desta maneira definiu múltiplos conceitos que nos ajudam a captar melhor a paisagem e a ver como esta interage com o próprio habitante. Livro ainda atual e de grande valia para quem quer se aprofundar no entendimento da cidade, não apenas pelos seus valores estéticos, mas também pela reflexão sobre a necessidade inerente ao ser humano de se identificar com o local em que se encontra e a capacidade do corpo humano de se relacionar com o seu ambiente.

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A imagem da Cidade - Livro de Kevin Lynch

A imagem da Cidade – a sete décadas da sua publicação

A Imagem da Cidade pretendia se tornar a obra mais influente do planejador urbano americano, Kevin Lynch, no século XX. Um produto de cinco anos de pesquisa e extenso estudo baseado no Centro de Estudos Urbanos e Regionais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), EUA.  O livro foi publicado pela MIT Press em 1960, centrando-se na avaliação e percepção da forma de uma cidade entre os seus habitantes e na sua capacidade de formular mapas mentais para se orientarem com facilidade.  No livro o autor identifica cinco elementos que contribuem para a noção de “imageability” que se refere ao caráter físico de um lugar e quão bem ele evoca uma imagem forte, um fator importante para melhorar as experiências humanas ao interagir com a paisagem urbana.  Os conceitos de Kevin Lynch discutidos no livro provaram ser princípios orientadores essenciais para o planejamento e design urbano em todo o mundo. Segundo Lynch, para uma cidade configurar uma imagem coerente no nosso cérebro, ela deve:  Hoje, setenta e três anos após a sua publicação, A Imagem da Cidade continua a ser uma leitura importante para urbanistas e arquitetos instigando novos pensamentos e inspirando às novas gerações. 

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As aparências em Arquitetura - Maria Lucia Malard

“Arquitetura, aparência, lugares e significados”

A obra é muito rica e interessante para estudantes que estão em processo de desenvolvimento do projeto Final de Graduação (TFG / TCC). É de extrema ajuda para àqueles que se encontram na etapa de dúvida (ou desespero) para a elaboração do seu projeto. O livro/ensaio provoca uma reflexão crítica sobre o entendimento das relações humanas com o espaço, bem como estimula os leitores a buscarem novas fontes de literatura sobre o tema, desenvolvendo assim um olhar mais apurado da arquitetura. RESENHA: Neste ensaio, a arquiteta e professora da UFMG Maria Lucia Malard, traz sua inquietação quanto a deficiência que existe nos currículos das universidades brasileiras sobre o ensino de projeto. Há uma grande dificuldade dos estudantes em não associar forma e conteúdo, ou seja, há uma desconexão entre o discurso/pensamento/intenção com o desenho/conteúdo/gesto que é proposto. Durante a leitura do livro, para além de estimular o leitor a desenvolver uma análise crítica socioespacial da arquitetura, a autora perpassa pelos movimentos/expressões arquitetônicas abordando as suas principais características e suas relações com o espaço, sociedade, forma e programa – desde o renascimento do século XIV de Brunelleschi até o desconstrutivismo do século XXI de Frank Gehry e Zaha Hadid. Um ponto importantíssimo que Malard aborda no início de seu ensaio é o cuidado em discorrer sobre o vínculo entre homem x espaço x tempo, e que há uma estrita relação com a arquitetura. Nesse capítulo pode-se traçar um paralelo com a literatura de Paulo Freire, que muito disserta sobre a as “(…) relações que o homem estabelece com o mundo(…) em que “(…)há também uma nota presente de criticidade. A capitação que faz dos dados objetivos de sua realidade, (…)é naturalmente crítica, e por isso reflexiva(…).¹   O livro, portanto, visa contribuir com a criação e formulação de uma análise crítica da arquitetura, trazendo exemplos práticos, para que possa evocar no leitor e estudante a amadurecer e construir conexões entre o discurso proferido (intenção; pensamento) com o projeto elaborado (gesto; desenho).  ¹FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. 54ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022. 56 p.  TÍTULO DO LIVRO: As aparências em Arquitetura  NOME DO AUTOR: Maria Lucia Malard    EDITORA: UFMG  ANO DE PUBLICAÇÃO: 1ª edição (1 janeiro 2006)  INTRODUÇÃO: Ao observarmos as cidades ocidentais, percebemos que dois grandes universos de formas – e significado -se definem perante os nossos olhos: o antigo e o moderno. O cidadão brasileiro comum, não versado na tratadística de Vitruvio, Alberti, Blondel e outros, não é capaz de perceber a diferença existente entre edifícios renascentistas, barrocos e neoclássicos. Entretanto, reconhece sem nenhuma dificuldade a diferença entre o que é “antigo” e o que é “moderno”. Se solicitado a fazê-lo, é perfeitamente capaz de separar imagens de edifícios antigos daquelas de edifícios modernos. Por outro lado, ficaria embaraçado se lhe fosse solicitado diferenciar, dentre aqueles que ele distinguiu como “antigos”, os que fossem clássicos, renascentistas, barrocos ou rococós. Também estaria em apuros para separar, dentre os designados como “modernos”, aqueles que fossem brutalistas, construtivistas ou, mais contemporaneamente, high-tech e desconstrutivistas. Talvez esse nosso cidadão os colocasse todos no mesmo saco e os chamasse apenas de “modernos”.    O que existe, então, de tão marcadamente diferente entre esses dois grandes conjuntos de aparências arquitetônicas, o antigo e o moderno? Seriam realmente dois conjuntos bem demarcados? O que existiria de tão parecido entre as manifestações arquitetônicas desde a Grécia antiga até o início do século XX? E o que haveria de tão similar entre os diversos “estilos” que o senso comum enquadra uma ruptura com tudo e o que veio antes?  Não se pretende, neste ensaio, encontrar respostas definitivas para essas questões, mesmo porque a exploração aprofundada de apenas uma delas já haveria de se constituir num trabalho de muito maior fôlego. O que se quer discutir – e sobretudo entender- é a importância que se dá às aparências quando se examina o objeto arquitetônico. A chegada da Arquitetura ao mundo visual se dá através de técnicas de representação gráfica ou de modelamento tridimensional, sejam elas operadas manualmente ou mediadas por computadores. Nesse momento, a Arquitetura é apenas uma imagem, uma representação daquilo que pode vir a ser. Sua existência se efetiva no instante em que ela passa a ser um edifício, um objeto presente no mundo, um artefato que tem um uso prático e apoia-se em técnicas construtivas.  Entretanto, o valor da Arquitetura – o conjunto de atributos que a tornam célebre – reside, na maioria absoluta dos casos, nos seus aspectos visuais: suas aparências. São as aparências – que alguns chamam de “forma”, outros de “plástica”, outros tantos de “configurações volumétricas” – que distinguem os edifícios e permitem-nos agrupá-los em estilos e tipologias como veremos adiante.   ONDE ACHAR: Amazon – Livraria da Travessa

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O espaço público na cidade contemporânea - Angelo Serpa 

Uma análise crítica dos espaços contemporâneos

No seu livro “O espaço público na cidade contemporânea” (2007), o professor Angelo Serpa nos traz uma visão critica desde suas percepções, vivências e estudos sobre o papel desempenhado dos espaços de uso público nas cidades na contemporâneidade, aplicadas no Brasil e no mundo. POST: Uma análise crítica dos espaços contemporâneos.  RESENHA: Geógrafo conceituado e professor da Universidade Federal da Bahia, Serpa em seu livro traz como objeto principal de sua análise os espaços públicos nas cidades atuais e como estes são vistos e geridos. Os conceitos e observações de sua pesquisa, podem ser facilmente inseridos em qualquer cidade do mundo contemporâneo, contudo para exemplificar e materializar sua crítica, apresenta como principais territórios, os espaços da cidade de Salvador no Brasil e a cidade de Viena, na Áustria, onde pôde desenvolver seu doutorado. O livro é resultado de uma inquietação particular do autor pela busca de respostas de sua pesquisa que foram formuladas e reformuladas durante seus estudos. Durante a leitura, Serpa define e sinaliza os conceitos que vão aparecendo e foca muito na crítica e potencialidades sobre o papel e o uso que os espaços públicos desempenham na atual situação em que nós, seres humanos vivemos, em uma agoniante e exaustiva reprodução dos ideais capitalistas, sem que nem os espaços de uso comum pudessem escapar de sua perversidade. Estruturado em nove capítulos, faz suas análises através das lentes determinadas pelo autor, que dão nome aos capítulos, como exemplo da “Acessibilidade”; “Valorização imobiliária”; “Turismo e espetacularização”, dentre outros. É um livro extremamente rico, que indaga o leitor a observar a paisagem do seu entorno, a se questionar mais e ampliar os olhares para a temática urbana.   TÍTULO DO LIVRO: O espaço público na cidade contemporânea  NOME DO AUTOR: Angelo Serpa  EDITORA: Editora Contexto  ANO DE PUBLICAÇÃO: 2020 (primeira publicação 2007)  ONDE ACHAR: Amazon

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A Lógica Social do Espaço - Bill Hillier e Julienne Hanson

O espaço é função de formas de solidariedade social

Fazer uma resenha do livro “The Social Logic of Space” não é para qualquer um, considerando a complexidade do seu conteúdo e dos aspectos que ele aborda. Então, com a permissão do professor Frederico de Holanda, vou deixar aqui um trecho do seu artigo “Rótulos, ah! Os rótulos…” de 2019 onde ele faz uma análise muito mais aprofundada e coerente sobre o conteúdo do livro: “Começar pelo começo: eis o axioma central da Teoria da Lógica Social do Espaço (ou Teoria da Sintaxe Espacial, sua outra denominação, doravante SE), exposta com maior completude por primeiro em The social logic of space (1984, doravante SLS) que Bill assina com Julienne Hanson: o espaço é função de formas de solidariedade social, e seu duplo corolário: 1) as sociedades humanas não existem no éter, são um fenômeno concreto composto por corpos que se movimentam no espaço e no tempo, cujos padrões reconhecíveis (concentrações, dispersões) são constituídos no chão – o melhor termo – por 2) um sistema de barreiras e permeabilidades ao movimento dos corpos e de opacidades e transparências à sua mútua visão que já nasce social, pois, conscientemente ou não, o sistema implica classificar, juntar, separar, enfim ordenar corpos socialmente determinados (Hillier & Hanson, 1989). A SE delimita um campo de investigação da arquitetura que diz respeito ao modo de esta constituir sistemas de convívio; não refere outras dimensões, como a ambiental, a simbólica ou a estética. Por outro lado, o livro SLS é exemplo primoroso das relações entre teoria e história, ao ilustrar quão impossível é fazer teoria sem história, ou história sem teoria (se queremos fazê-las a sério, pelo menos em nosso campo – na física teórica são outros quinhentos): uma teoria sem história resume-se a conjecturas porventura poéticas, contudo alheias à realidade dos fatos; uma história sem teoria pode ser uma escrita ficcional pitoresca, mas escorrega facilmente para um relato desinteressante de datas, pessoas, eventos, lugares. A SE evita ambas as armadilhas.” Eu por minha parte, vou contribuir deixando aqui a tradução que fiz do Prefacio e da Introdução do livro, disponível no seguinte link. TÍTULO DO LIVRO:  A Lógica Social do Espaço NOME DO AUTOR: Bill Hillier, Julienne Hanson EDITORA: Cambridge University Press ANO DE PUBLICAÇÃO: 2003 PREFÁCIO: Por mais que possamos preferir discutir arquitetura em termos de estilos visuais, seus efeitos práticos de maior alcance não estão no nível das aparências, mas no nível do espaço. Dando aparência e forma ao nosso mundo material, a arquitetura estrutura o sistema do espaço em que vivemos e nos movemos. Na medida em que o faz, há uma relação direta – e não apenas simbólica – com a vida social, uma vez que fornece as pré-condições materiais para os padrões de movimento, encontro e evasão que são a realização material – bem como, às vezes, o gerador – das relações sociais. Nesse sentido, a arquitetura permeia nossa experiência cotidiana muito mais do que uma preocupação com suas propriedades visuais sugeriria. Mas, por mais penetrante que seja a experiência cotidiana, a relação entre espaço e vida social é certamente pouco compreendida. De fato, por muito tempo, foi tanto um quebra-cabeça quanto uma fonte de controvérsia nas ciências sociais. Parece ingênuo acreditar que a organização espacial através da forma arquitetônica possa ter um efeito determinante sobre as relações sociais, assim como acreditar que tal relação está totalmente ausente. Revisões recentes de pesquisas sociológicas na área (Michelson, 1976 [1]) não resolvem realmente a questão. Algumas influências limitadas de tais fatores espaciais generalizados como densidade às relações sociais podem acontecer, sujeitas a uma forte interação com variáveis sociológicas como a família (p. 92), homogeneidade (p. 192) e estilo de vida (p. 94). Mas pouco é dito sobre as maneiras pelas quais as decisões arquitetônicas estratégicas sobre a forma construída e a organização espacial podem ter consequências sociais. O enigma é agravado pela crença generalizada de que muitos ambientes modernos são “socialmente ruins”. Novamente, há uma tendência para discuti-las em termos de variáveis físicas simples e gerais, tais como a altura do edifício. No entanto, a inferência de que fatores espaciais mais fundamentais estão envolvidos é fortemente apoiada pela falha de esquemas recentes de baixa densidade e alta densidade para fornecer uma alternativa convincente após o fracasso da construção de moradias. Habitações modernas, de alto e baixo crescimento, têm em comum a inovação, fundamentalmente, na organização espacial, e ambas produzem, ao que parece, ambientes sem vida e desertos. Ficou claro que a falta de compreensão precisa da natureza da relação entre organização espacial e vida social é o principal obstáculo para um melhor design. O lugar óbvio para buscar tal entendimento está nas disciplinas que estão preocupadas com o efeito da vida social na organização espacial – como a organização espacial é, em certo sentido, um produto da estrutura social. Esta tem sido uma preocupação central para geógrafos, mais recentemente antropólogos (Lévi-Strauss, 1963; Bourdieu, 1973, 1977), sociólogos teóricos (Giddens, 1981) e arqueólogos (Ucko et al., 1972; Clarke, 1977; Renfrew, 1977; Hodder, 1978) tornaram-se conscientes da dimensão espacial em seu assunto, e sua importância para questões de morfologia social e estrutura. [2] Isso criou os primeiros estágios de uma nova literatura interdisciplinar sobre o estudo do espaço e da sociedade. O primeiro resultado dessa atenção, no entanto, tem sido mostrar quão pouco existe de efetiva teoria e metodologia na compreensão da relação sociedade-espaço, apesar de duas décadas ou mais da “revolução quantitativa”. Mas enquanto as disciplinas acadêmicas podem simplesmente lamentar a falta de teoria, para os arquitetos e planejadores o problema é mais premente, já que, do jeito como as coisas estão, não há possibilidade de que a teoria científica da relação entre sociedade e espaço ajude a entender o que deu errado com o desenho contemporâneo ou possa sugerir novas abordagens. ONDE ACHAR: Amazon

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Uma reflexão sobre a pedagogia do projeto de arquitetura

Uma reflexão sobre a pedagogia do projeto de arquitetura

Este livro, desde o ponto de vista do ensino e aprendizado da arquitetura, se apresenta, segundo os seus autores, como um ponto de partida para a constituição dos diversos e múltiplos conhecimentos, capacitações e visões requeridos para a geração das formas de edifícios e espaços urbanos.  É recorrente no livro a discussão sobre a dificuldade de ensinar projeto e a falta de exercícios práticos procurando desvelar novas formas de ensino. Por isso o livro traz uma série de ilustrações apresentando os processos e as proposta do ensino e descrevendo as estratégias didático-metodológicas empregadas. Segundo os autores, os textos relativos a aulas ministradas pretendem sinalizar a importância da busca de repertório nas diversas áreas do conhecimento, dada a complexidade do ato de projetar: da arquitetura à dinâmica urbana, da história à paisagem, dos sinais gráficos ao objeto, da estrutura à forma, do patrimônio construído ao ambiental.  Este livro se apresenta como uma significativa contribuição às discussões sobre a educação nas áreas de arquitetura e urbanismo e ressaltando a importância do ensino como atividade coletiva, envolvendo docentes, monitores e alunos. Assim, além dos textos dos organizadores, temos textos dos professores Feres Lourenço Khoury, Fábio Mariz Gonçalves, Euler Sandeville Jr., Myrna de Arruda Nascimento, Maria Assunção Ribeiro Franco, Rosana Helena Miranda e Anália M. M. C. Amorim. 

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Ensaio sobre o Ensino e outros aspectos da Arquitetura

Ensaio sobre o Ensino e outros aspectos da Arquitetura

Este pequeno livro, nas suas 236 páginas, reúne textos da autoria de cinco professores do Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Universidade Federal de Minas Gerais, e nos apresenta a visões de cada um deles sobre a arquitetura, trazendo pensamentos que, entre aproximações e divergências, apontam para uma situação comum: a crise atual da arquitetura, esta última meio perdida, desumanizada, dissolvida, elitista e ausente de crítica. No nosso caso, o interesse radica no texto de Malard, que aborda questões conceituais que permeiam o ensino, a pesquisa e a prática da Arquitetura. No seu texto Malard divaga sobre as dificuldades existentes na demarcação dos territórios da Arquitetura e do Urbanismo, principalmente na pesquisa e no ensino. No caso do ensino de projeto propõe outros valores para a formação dos arquitetos, distintos do reprodutivismo e voltados para o desenvolvimento de um pensamento crítico e prospectivo dos alunos e professores. Um texto interessante para o qual gostaríamos de uma continuação. TÍTULO DO LIVRO: Cinco Textos Sobre ArquiteturaNOME DO AUTOR: Maria Lucia MalardEDITORA: UFMGANO DE PUBLICAÇÃO: 2008 INTRODUÇÃO: A Arquitetura configura o espaço da existência humana, envolvendo todas as coisas com as quais lidamos no cotidiano. Por isso, a Arquitetura abraça as demais manifestações de cultura e não se subordina a nenhum campo disciplinar, nem a métodos advindos de outros saberes. Ao contrário, ela se efetua na interdisciplinaridade e na pluralidade de abordagens metodológicas, tecnológicas, analíticas e críticas. É, portanto, um campo de aplicação de conhecimentos que, ao se associarem, acabam por constituir um corpus específico, o qual pode ser objeto de investigação e conhecimento.Conhecer a Arquitetura significa, pois, explorar diversos âmbitos do saber, tais como a História, a Filosofia, a Arte, a Tecnologia, a Psicologia e outros mais. Como campo de aplicação, a Arquitetura sempre terá uma interface tecnológica que a edifica e a torna habitável. Essa interface é a mais estudada e, conseqüentemente, é sobre ela que versa a fatia maior do conhecimento arquitetônico disponível. Como mediadora dos eventos humanos, a Arquitetura terá, certamente, uma carga simbólica a ser revelada e mecanismos operacionais a serem compreendidos. Como objeto de cultura ela fala à sensibilidade, precisando ser, assim, analisada criticamente.Os cinco textos que são apresentados neste livro, todos da autoria de professores do Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Universidade Federal de Minas Gerais, abordam diferentes perspectivas teóricas, analíticas e críticas que podem contribuir para o desenvolvimento do saber arquitetônico, em algumas de suas interfaces. ONDE ACHAR: Amazon – Estante Virtual

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