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Linguagem e arquitetura: o problema do conceito

Linguagem e arquitetura: o problema do conceito

Texto de grande relevância para quem procura entender o alcance do conceito dentro do processo criativo em arquitetura. Porém, sendo um tema complexo e o autor doutor em filosofia, este se utiliza de uma linguagem que tenta acompanhar a complexidade, fazendo com que o texto fique, para o leitor comum ou estudante de arquitetura, um pouco maçante e de difícil compreensão. No entanto, faça o esforço. Vale a pena a leitura pois são abordados tópicos relevantes sobre a conceitualização da forma e a maneira como se desenvolve o processo de desenho em arquitetura, a maneira como as pessoas entendem e percebem o espaço. A maneira como, nos arquitetos, pensamos a arquitetura, a nossa reflexão sobre a experiência dos espaços, sobre a imagem e sobre os significados.

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O ensino de projeto e sua interdisciplinaridade 

Não há como pensar no ensino e pesquisa de projeto sem vinculá-lo a uma colaboração e conexão com outras áreas do saber. O que marca o eixo da experiência pedagógica do ensino de projeto é o chamado atelier ou oficina vertical, em que se constitui em diversos níveis de complexidade de programas, temas e formam a base para uma cooperação e colaboração. É nessa disciplina de projeto, que se aprende e ensina o ato de projetar na prática, em que há uma troca (ou pelo menos deveria haver) entre alunos e professores. É aqui que teoria e prática vão se transformando em uma só desde os temas em uma microescala, como a habitação, até os de macroescala, com temas voltados ao urbanismo e paisagem. Interpretação da realidade, prática projetual e o projeto como resposta são partes integrantes do ensino-aprendizagem de arquitetura (ou deveriam ser). Cabem aos maestros utilizarem da ciência da pedagogia e da didática, para transmitirem os saberes, fazendo com que os alunos consigam sair do mundo das ideias para o mundo material, integrando história, identidade, estrutura, critica entre outros. O artigo abordará como se dão essas (possíveis) didáticas dentro da lógica pedagógica do ensino de projeto na faculdade de arquitetura, ou pelo menos, como elas deveriam ser conduzidas dentro e fora da sala de aula. É interessante para o estudante que mergulha na leitura em desenvolver uma crítica sobre o ensino que lhe é proporcionado dentro da sua faculdade. 

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Construir, Habitar, Pensar - Martin Heidegger

Construir, Habitar, Pensar – Martin Heidegger

No texto de Heidegger, o conceito de habitar passa a significar a totalidade da nossa permanência terrena como “mortais sobre essa terra” que somos. Portanto, é necessário e válido desenvolver um ato reflexivo, que leve a questionar sobre o significado daquela habitação. Tudo isto leva-nos a refletir sobre a própria construção, a qual deve responder à necessidade de habitar o ser humano em sua residência na terra e para além das simples regras e técnicas construtivas e das preocupações habituais dos urbanistas e arquitetos.

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O processo criativo do projeto arquitetônico

O processo criativo do projeto arquitetônico no TFG

Neste artigo o professor Hélio Hirao nos apresenta um procedimento metodológico, por ele desenvolvido, para orientar os alunos em seus TFGs, visando encaminhar ao projeto final de forma lógica. Mas qual seria a logica quando se tem, como ele afirma, a deficiência do pouco repertório de vivências socioespaciais dos alunos?

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Um artigo sobre tectônica - Izabel Amaral

Um artigo sobre tectônica – Izabel Amaral

Um artigo interessante que nos apresenta as origens do termo e as mudanças da sua compreensão ao longo da história. De suas origens no grego tekton, às mudanças devido às contribuições dos teóricos alemães Bötticher e Semper e mais recentemente à notável contribuição de Kenneth Frampton, que com o seu livro “Studies in tectonic culture”, provocou uma renovação do debate sobre a tectônica, popularizando a noção e promovendo-a ao estatuto de “potencial de expressão construtiva” e uma “poética da construção”, capaz de reunir os aspectos materiais da arquitetura aos aspectos culturais e estéticos.  

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A imagem da Cidade - Livro de Kevin Lynch

A imagem da Cidade – a sete décadas da sua publicação

A Imagem da Cidade pretendia se tornar a obra mais influente do planejador urbano americano, Kevin Lynch, no século XX. Um produto de cinco anos de pesquisa e extenso estudo baseado no Centro de Estudos Urbanos e Regionais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), EUA.  O livro foi publicado pela MIT Press em 1960, centrando-se na avaliação e percepção da forma de uma cidade entre os seus habitantes e na sua capacidade de formular mapas mentais para se orientarem com facilidade.  No livro o autor identifica cinco elementos que contribuem para a noção de “imageability” que se refere ao caráter físico de um lugar e quão bem ele evoca uma imagem forte, um fator importante para melhorar as experiências humanas ao interagir com a paisagem urbana.  Os conceitos de Kevin Lynch discutidos no livro provaram ser princípios orientadores essenciais para o planejamento e design urbano em todo o mundo. Segundo Lynch, para uma cidade configurar uma imagem coerente no nosso cérebro, ela deve:  Hoje, setenta e três anos após a sua publicação, A Imagem da Cidade continua a ser uma leitura importante para urbanistas e arquitetos instigando novos pensamentos e inspirando às novas gerações. 

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Uma Arquitetura ao Corpo, dissertação de Yasmin Vieira

Uma Arquitetura ao Corpo – Yasmin Vieira

A dissertação de Yasmin Vieira já é relevante pelo simples fato de trazer ao debate o corpo como parte essencial para a existência da arquitetura, algo que após simples reflexão, parece obvio, mas que é pouco ou levianamente abordado no ensino da arquitetura e que muitos arquitetos parecem desconsiderar nos seus projetos. A percepção do corpo na arquitetura em relação ao tempo, ação e atualização, o corpo como um elemento mediador e relacional do espaço são outros dos temas abordados na dissertação que merecem a nossa atenção. Contudo, não podemos esquecer que a arquitetura não é uma “máquina de sensações”, como a dos parques temáticos. Devemos entender esta pesquisa como início de uma reflexão na maneira em como projetamos os espaços e como a experiência da arquitetura pelo corpo pode definir a maneira como os articulamos. O tema da dissertação abre espaço para uma discussão profunda e enriquecedora, contudo sentimos falta de um aprofundamento no âmbito do espaço “construído”, mencionado no título, o qual não chega a ser considerado desde o ponto de vista da materialidade ou da tectônica, de grande relevância na constituição física do espaço e na maneira “poética” em como o percebemos.

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Louis Kahn e a concepção teórica e ensino de projeto

Louis Kahn e o ensino de projeto no artigo de Marcos Favero

Quando Louis Kahn fala da “sala de correção”, no livro “Conversas com estudantes”, não há dúvidas da sua preocupação com o ensino, com o ambiente e com o cuidado que devemos ter com os alunos. A sala de aula (comum) pode ser como um Jackson Pollock, mas quando você vai para a sala de correção, não. Deveria haver algo maravilhoso naquele lugar. Um local onde se pode tomar um chá… uma sala que deve ser sempre simpática. Sempre um santuário, não uma sala onde você sente que será julgado. Simplesmente um quarto maravilhoso. O espaço sagrado da escola de arquitetura.

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As aparências em Arquitetura - Maria Lucia Malard

“Arquitetura, aparência, lugares e significados”

A obra é muito rica e interessante para estudantes que estão em processo de desenvolvimento do projeto Final de Graduação (TFG / TCC). É de extrema ajuda para àqueles que se encontram na etapa de dúvida (ou desespero) para a elaboração do seu projeto. O livro/ensaio provoca uma reflexão crítica sobre o entendimento das relações humanas com o espaço, bem como estimula os leitores a buscarem novas fontes de literatura sobre o tema, desenvolvendo assim um olhar mais apurado da arquitetura. RESENHA: Neste ensaio, a arquiteta e professora da UFMG Maria Lucia Malard, traz sua inquietação quanto a deficiência que existe nos currículos das universidades brasileiras sobre o ensino de projeto. Há uma grande dificuldade dos estudantes em não associar forma e conteúdo, ou seja, há uma desconexão entre o discurso/pensamento/intenção com o desenho/conteúdo/gesto que é proposto. Durante a leitura do livro, para além de estimular o leitor a desenvolver uma análise crítica socioespacial da arquitetura, a autora perpassa pelos movimentos/expressões arquitetônicas abordando as suas principais características e suas relações com o espaço, sociedade, forma e programa – desde o renascimento do século XIV de Brunelleschi até o desconstrutivismo do século XXI de Frank Gehry e Zaha Hadid. Um ponto importantíssimo que Malard aborda no início de seu ensaio é o cuidado em discorrer sobre o vínculo entre homem x espaço x tempo, e que há uma estrita relação com a arquitetura. Nesse capítulo pode-se traçar um paralelo com a literatura de Paulo Freire, que muito disserta sobre a as “(…) relações que o homem estabelece com o mundo(…) em que “(…)há também uma nota presente de criticidade. A capitação que faz dos dados objetivos de sua realidade, (…)é naturalmente crítica, e por isso reflexiva(…).¹   O livro, portanto, visa contribuir com a criação e formulação de uma análise crítica da arquitetura, trazendo exemplos práticos, para que possa evocar no leitor e estudante a amadurecer e construir conexões entre o discurso proferido (intenção; pensamento) com o projeto elaborado (gesto; desenho).  ¹FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. 54ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2022. 56 p.  TÍTULO DO LIVRO: As aparências em Arquitetura  NOME DO AUTOR: Maria Lucia Malard    EDITORA: UFMG  ANO DE PUBLICAÇÃO: 1ª edição (1 janeiro 2006)  INTRODUÇÃO: Ao observarmos as cidades ocidentais, percebemos que dois grandes universos de formas – e significado -se definem perante os nossos olhos: o antigo e o moderno. O cidadão brasileiro comum, não versado na tratadística de Vitruvio, Alberti, Blondel e outros, não é capaz de perceber a diferença existente entre edifícios renascentistas, barrocos e neoclássicos. Entretanto, reconhece sem nenhuma dificuldade a diferença entre o que é “antigo” e o que é “moderno”. Se solicitado a fazê-lo, é perfeitamente capaz de separar imagens de edifícios antigos daquelas de edifícios modernos. Por outro lado, ficaria embaraçado se lhe fosse solicitado diferenciar, dentre aqueles que ele distinguiu como “antigos”, os que fossem clássicos, renascentistas, barrocos ou rococós. Também estaria em apuros para separar, dentre os designados como “modernos”, aqueles que fossem brutalistas, construtivistas ou, mais contemporaneamente, high-tech e desconstrutivistas. Talvez esse nosso cidadão os colocasse todos no mesmo saco e os chamasse apenas de “modernos”.    O que existe, então, de tão marcadamente diferente entre esses dois grandes conjuntos de aparências arquitetônicas, o antigo e o moderno? Seriam realmente dois conjuntos bem demarcados? O que existiria de tão parecido entre as manifestações arquitetônicas desde a Grécia antiga até o início do século XX? E o que haveria de tão similar entre os diversos “estilos” que o senso comum enquadra uma ruptura com tudo e o que veio antes?  Não se pretende, neste ensaio, encontrar respostas definitivas para essas questões, mesmo porque a exploração aprofundada de apenas uma delas já haveria de se constituir num trabalho de muito maior fôlego. O que se quer discutir – e sobretudo entender- é a importância que se dá às aparências quando se examina o objeto arquitetônico. A chegada da Arquitetura ao mundo visual se dá através de técnicas de representação gráfica ou de modelamento tridimensional, sejam elas operadas manualmente ou mediadas por computadores. Nesse momento, a Arquitetura é apenas uma imagem, uma representação daquilo que pode vir a ser. Sua existência se efetiva no instante em que ela passa a ser um edifício, um objeto presente no mundo, um artefato que tem um uso prático e apoia-se em técnicas construtivas.  Entretanto, o valor da Arquitetura – o conjunto de atributos que a tornam célebre – reside, na maioria absoluta dos casos, nos seus aspectos visuais: suas aparências. São as aparências – que alguns chamam de “forma”, outros de “plástica”, outros tantos de “configurações volumétricas” – que distinguem os edifícios e permitem-nos agrupá-los em estilos e tipologias como veremos adiante.   ONDE ACHAR: Amazon – Livraria da Travessa

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O espaço público na cidade contemporânea - Angelo Serpa 

Uma análise crítica dos espaços contemporâneos

No seu livro “O espaço público na cidade contemporânea” (2007), o professor Angelo Serpa nos traz uma visão critica desde suas percepções, vivências e estudos sobre o papel desempenhado dos espaços de uso público nas cidades na contemporâneidade, aplicadas no Brasil e no mundo. POST: Uma análise crítica dos espaços contemporâneos.  RESENHA: Geógrafo conceituado e professor da Universidade Federal da Bahia, Serpa em seu livro traz como objeto principal de sua análise os espaços públicos nas cidades atuais e como estes são vistos e geridos. Os conceitos e observações de sua pesquisa, podem ser facilmente inseridos em qualquer cidade do mundo contemporâneo, contudo para exemplificar e materializar sua crítica, apresenta como principais territórios, os espaços da cidade de Salvador no Brasil e a cidade de Viena, na Áustria, onde pôde desenvolver seu doutorado. O livro é resultado de uma inquietação particular do autor pela busca de respostas de sua pesquisa que foram formuladas e reformuladas durante seus estudos. Durante a leitura, Serpa define e sinaliza os conceitos que vão aparecendo e foca muito na crítica e potencialidades sobre o papel e o uso que os espaços públicos desempenham na atual situação em que nós, seres humanos vivemos, em uma agoniante e exaustiva reprodução dos ideais capitalistas, sem que nem os espaços de uso comum pudessem escapar de sua perversidade. Estruturado em nove capítulos, faz suas análises através das lentes determinadas pelo autor, que dão nome aos capítulos, como exemplo da “Acessibilidade”; “Valorização imobiliária”; “Turismo e espetacularização”, dentre outros. É um livro extremamente rico, que indaga o leitor a observar a paisagem do seu entorno, a se questionar mais e ampliar os olhares para a temática urbana.   TÍTULO DO LIVRO: O espaço público na cidade contemporânea  NOME DO AUTOR: Angelo Serpa  EDITORA: Editora Contexto  ANO DE PUBLICAÇÃO: 2020 (primeira publicação 2007)  ONDE ACHAR: Amazon

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