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Um artigo sobre tectônica – Izabel Amaral

Um artigo sobre tectônica - Izabel Amaral

Um artigo interessante que nos apresenta as origens do termo e as mudanças da sua compreensão ao longo da história. De suas origens no grego tekton, às mudanças devido às contribuições dos teóricos alemães Bötticher e Semper e mais recentemente à notável contribuição de Kenneth Frampton, que com o seu livro “Studies in tectonic culture”, provocou uma renovação do debate sobre a tectônica, popularizando a noção e promovendo-a ao estatuto de “potencial de expressão construtiva” e uma “poética da construção”, capaz de reunir os aspectos materiais da arquitetura aos aspectos culturais e estéticos.  

O artigo percorre a variedade de sentidos associados ao termo tectônica durante os dois últimos séculos e a grande ambiguidade de aplicação, contudo, segundo a autora, apesar da polissemia e das contradições, Frampton, com a questão da tectônica, forneceu munição para novas perspectivas analíticas, ultrapassando a discussão centrada quase exclusivamente na noção de espaço, bem como as discussões sobre a imagem e o significado. 

Além disso, a autora discorre sobre as contribuições das abordagens teórica e pedagógica de contribuições recentes como no livro coletivo Le projet tectonique ou do congresso realizado em Eindhoven, na Holanda, intitulado Tectonics 2007: Making Meaning, abrindo o campo para novas possibilidades de aplicação do termo, abrindo para discussões mais aprofundadas quanto ao estudo dos mecanismos internos à concepção do projeto, e as relações entre a forma material e a forma simbólica. Recomendamos a leitura. 


TÍTULO DO ARTIGO: Quase tudo que você queria saber sobre tectônica, mas tinha vergonha de perguntar 

NOME DO AUTOR: Izabel Amaral

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2009

RESUMO: O termo tectônico não é de uso exclusivo da arquitetura. Sem dúvida, é mais conhecido do grande público em referência à teoria que estuda o movimento das placas continentais no domínio da geologia. Em arquitetura, mesmo que o termo circule cada vez mais nos livros, revistas, websites, blogs e escolas de arquitetura, definir tectônica é tanto mais difícil na medida em que, dada sua presença descontínua ao longo da história, esse termo dificilmente pode ser associado a um único significado. Frequentemente definida como “arte da construção”, uma melhor compreensão da tectônica não pode passar ao lado de uma melhor compreensão da trajetória histórica do termo. Derivada do grego tekton (carpinteiro), a noção atravessou mais de 2000anos de história. Sua compreensão mudou em relação ao original grego, principalmente devido às contribuições dos teóricos alemães Carl Böttichere Gottfried Semper no século 19, e, mais recentemente, devido à notável contribuição de Kenneth Frampton (1983, 1990, 1995, 2005). Este último autor provocou uma renovação do debate sobre a tectônica, promovendo a noção ao estatuto de “potencial de expressão construtiva” da arquitetura, capaz de reunir aspectos materiais e construtivos aos aspectos culturais e estéticos. Para entendermos a evolução do conceito de tectônica, este texto se propõe, em um primeiro momento, a traçar sua história, que começaria com uma consciência técnica da física da construção ainda no século 18, para, em seguida, discutir os dois últimos teóricos acima citados e, por fim, levantar algumas das novas perspectivas sobre a atualidade dessa noção. 

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