Nos meus anos de faculdade, a bitácora sempre foi um item obrigatório nas aulas de atelier. Ela fazia parte do processo projetual e de fundamentação das ideias de projeto. Atualmente continua sendo nos atelieres do primeiro ano. Neste artigo, de Clara Rodrigues e Verônica Lima, a bitácora é inserida na sala de aula com quatro objetivos principais: estar sempre à espreita, desenvolver um lugar de liberdade (criação e reflexão), visualizar o desenvolvimento da ideia, e desenvolver o hábito do registro do processo projetual. A bitácora é uma ferramenta flexível, que permite registrar o repertorio existente e compilar novos conhecimentos apreendidos ao longo do processo projetual, onde o aluno consegue visualizar o seu percurso até a conclusão do trabalho.
- TÍTULO DO ARTIGO: A Bitácora como Ferramenta de Ensino-Aprendizagem na Arquitetura
- NOME DO AUTOR: RODRIGUES, Clara Ovídio de Medeiros, LIMA, Verônica Maria Fernandes de
- ANO DE PUBLICAÇÃO: 2017
- RESUMO: O processo de ensino-aprendizagem em arquitetura no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – CAU/UFRN tem como base o “aprender fazendo”, a partir de uma perspectiva interacionista e tendo como diretriz principal o princípio da integração. Além disso, utiliza-se estratégias de ensino/aprendizagem que focalizam na análise de todo processo de construção do conhecimento e não apenas nos resultados. No entanto, muitas vezes, o estudante de arquitetura tem dificuldade de visualizar e compreender todo o seu próprio processo projetual e, a partir daí, estabelecer reflexões que são essenciais no seu processo de aprendizagem. Sendo assim, algumas técnicas de ensino podem servir como uma luz no meio desse processo. Tendo como lastro essas questões o artigo aqui apresentado tem como objetivo discutir o papel da bitácora no ensino da arquitetura por meio da análise da utilização da mesma durante a experiência da disciplina Projeto Integrado. Foram analisadas as bitácoras desenvolvidas no semestre 2016.1 como parte do processo projetual de um conjunto de habitação de interesse social, tema trabalhado no quinto período no CAU/UFRN. Esses diários de bordo foram considerados importantes para quatro aspectos do processo ensino/aprendizagem: como local de liberdade criativa e reflexiva; como espaço de visualização do desenvolvimento de ideias; como local de registro da crítica e da autocrítica; e ainda, como espaço de valorização do processo projetual e não apenas dos resultados.
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