De maneira simples, o tema para uma “pesquisa arquitetônica” é aquele que tem relação com os CONCEITOS específicos da nossa profissão, e que em geral podem ser aplicados ou transferidos para outras situações de projeto: espacialidade, materialidade, técnicas etc.
Espacialidade – Materialidade – Técnica
Um erro comum é acreditar que um programa possa ser considerado como um tema para uma pesquisa em arquitetura. Tipo, a minha pesquisa é um “Centro de Equoterapia”, ou a minha pesquisa é um “Planetário”.
Ambos são exemplos de programas e não de temas para uma pesquisa em arquitetura.
Por outro lado, a pesquisa em arquitetura não é uma pesquisa cientifica, como a realizada nos programas strictu sensu.
A pesquisa em arquitetura está estreitamente ligada ao projeto e seu desenvolvimento. Mas como?
Um tema em um TFG de arquitetura deve conter um conceito relativo à arquitetura ou urbanismo que permita a você pesquisar sobre um assunto da nossa área. Por exemplo,
– Dualidade cheio/vazio na composição de espaços contínuos;
– Renovação, requalificação ou revitalização dos espaços públicos;
– Paisagem urbana e natureza construída;
– Permeabilidade de coberturas em madeira laminada;
– Estruturas modulares aplicadas em conjuntos residenciais;
Desta maneira o problema de pesquisa é uma questão específica que você quer investigar dentro do seu tema.
Mas, e aqui está o que interessa, para poder formular essa questão em arquitetura você precisará de um projeto. Seja para uma questão arquitetônica ou urbanística.
A diferença de outras áreas do conhecimento, a pesquisa no TFG de arquitetura vai sendo realizada ao longo de todo o processo, ajustando e validando as decisões durante e até a finalização do projeto. E para formular o projeto você precisará do programa.
Pois é, é aqui que entra o programa. Programa é aquilo que vai dar sentido ao projeto e que vai permitir desenvolver a sua pesquisa. Agora junte o nome do seu tema ao do programa e você terá o nome do seu projeto. Por exemplo:
– “Dualidade entre cheio/vazio na composição de espaços contínuos em edifícios de uso público. Centro de Capacitação de Belém-PA”;
“A madeira laminada como envolvente de espaços permeáveis. Novo Centro Comunitário de Campinas-SP”;
“A paisagem como elemento ordenador do espaço público. Revitalização no entorno da feira de São Joaquim, Salvador-BA”;
“Estruturas modulares aplicadas em ambientes de ensino – Containers na execução da Escola Montessori de Londrina-PR”.
E aí, ficou claro?