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Você sabe o que é Conceito em Arquitetura?

Conceito, de maneira simples, é uma palavra tipo vermelho, amplo, rápido etc.; ou uma frase, tipo “azul contínuo”, “rua aberta”, “edifício alto”, etc. É por meio de conceitos que captamos e entendemos a realidade. No caso do “conceito arquitetônico” esta palavra ou frase deve estar associada ao campo do conhecimento da arquitetura. Por exemplo, a uma situação espacial, a um determinado material ou a uma tipologia. Assim teremos conceitos simples como: – Luz e sombra; – Fluidez; – Permeabilidade; – Materialidade; – Modular. Mas esses conceitos, mesmo que arquitetônicos, ainda não são suficientes para aplicá-los em um projeto. Você vai precisar se aprofundar neles para estabelecer conceitos avançados, por exemplo: – Fluidez espacial; – Coberturas permeáveis; – Madeira laminada; – Estruturas modulares; Maravilha. Mas não adianta criar conceitos com nomes bonitos se não sabemos do que estamos falando. Se meu conceito é “fluidez espacial” eu vou ter que ser capaz de explicar o “meu conceito” para qualquer um. Digamos que eu tirei o meu conceito observando alguma coisa na cidade: a fluidez espacial. Então, segundo eu, a fluidez espacial acontece quando dois espaços, A a B se conectam por meio dos elementos X, Y e Z, dispostos nas configurações tal e tal. Tipo, “estive na praça da cidade e percebi que essa conexão acontece entre dois lugares quando na circulação há disponibilidade de sombra e existem elementos que sequenciam o trajeto”. Aí eu posso mostrar fotos ou croquis daquilo que observei, tipo olha, acontece aqui nessa praça. Acontece nesse outro lugar de maneira similar. E acontece nessa avenida, mas só no fim da tarde. Super doido, né? Tá, mas se você é uma pessoa pragmática e não quer viajar na maionese, aí você pode escolher um conceito em base à materialidade, como o de “madeira laminada”. Mesmo assim você terá saber e entender tudo sobre o material. Como se fabrica, como se estrutura, como são as fixações, como trabalha com outros materiais, quais as vantagens etc. Beleza! Agora sabemos tudo sobre estes conceitos! E de quebra ainda conseguimos explicar como funcionam para qualquer um. Sim, e aí? Faço o que com o meu super conceito? Pois bem, já ouviu falar do tema? O tema para a pesquisa, no caso do TFG de arquitetura, é definido a partir destes conceitos. Sério? Primeiro: pense nesse conceito que você agora domina. Agora pense nele aplicado a uma situação específica de uso. Por exemplo: – Fluidez espacial em espaços de uso público; – Fluidez espacial em ambientes de ensino; – Madeira laminada em estruturas urbanas. Sacou? Nesse momento você está a um pulo de achar o seu tema. Agora é só escolher o programa e você já pode propor o seu problema de pesquisa e começar o seu TFG. Gostou do artigo? Compartilhe e comente A gente se vê no próximo. Fui!

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A contribuição da abordagem tectônica no ensino do projeto de arquitetura

Projetar é uma atividade fundamentalmente intelectual, não mecânica e de alta complexidade, determinada por relações entre elementos pertencentes ao mundo das ideias e o mundo material. O projeto é o resultado aparente (visual) destas relações que tem como fim a sua materialização no mundo real, transformando-o, constituindo-se assim em uma práxis. Para o autor o projeto supõe uma antecipação da construção, com base na seleção de materiais e técnicas construtivas, podendo ser abordado desde as primeiras etapas de concepção do projeto. Mas, segundo Medeiros, como fazê-lo se quando há um vácuo de conhecimento em tectônica, uma prevalência do discurso sobre a experimentação, e uma falta de pesquisa relativa as questões de ordem técnica no TFG, frequentemente tratado de maneira burocrática pelos estudantes e pouco considerado efetivamente na avaliação dos trabalhos. 

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O processo criativo do projeto arquitetônico

O processo criativo do projeto arquitetônico no TFG

Neste artigo o professor Hélio Hirao nos apresenta um procedimento metodológico, por ele desenvolvido, para orientar os alunos em seus TFGs, visando encaminhar ao projeto final de forma lógica. Mas qual seria a logica quando se tem, como ele afirma, a deficiência do pouco repertório de vivências socioespaciais dos alunos?

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Sobre o Programa no TFG de Arquitetura

Sobre o Programa no TFG de Arquitetura

Programa (…) é aquilo que faz um projeto cair em Arquitetura e não em outro lugar. Juan Borchers Se para um TFG de arquitetura não podemos considerar o programa como tema de pesquisa qual é a maneira de encarar ele dentro do trabalho? Primeiramente devemos deixar claro que o programa arquitetônico não pode ser pensado apenas como a somatória de cômodos com determinadas áreas ou, por outro lado, representar as suas relações por meio de um simples fluxograma. O fluxograma acima é um exemplo do que muitos estudantes, e ainda arquitetos, utilizam para definir a estrutura formal ou partido do projeto. O problema está em transformar a espacialidade funcional da arquitetura em um agregado de cômodos, dentro de uma caixa, que logo serão “extrudados” com o pé-direito mínimo exigido pelo código de obras. Ao contrário do que vimos acima, o programa arquitetônico deve ser pensado como um conjunto de exigências, condicionantes e conexões que permitam que a atividade humana se desenvolva na sua plenitude e deve ser abordado como síntese pré-composicional para a formulação conceitual do partido arquitetônico. O programa, como dizia Isidro Suarez, é uma criação conceitual, é o primeiro esboço da configuração do projeto apontando para o partido geral. Suarez apontava que, entendido o programa como enteléquia, este estava presente no início do projeto como a ideia-gatilho que o constitui e, ao final, como um padrão para verificar o cumprimento das intenções iniciais. Por outro lado, o projeto poderia ser entendido como um modelo da realidade e, como tal, era uma realidade interposta que representa outra, que não é o projeto em si, mas sua potencial existência no mundo construído. Sendo o programa a base para este modelo da realidade, deve compreender, assimilar e entender os espaços (locais) essenciais para o desenvolvimento dos atos nele contidos, reconhecendo também, dentro da sua totalidade, hierarquias e simbolismos para cada um deles. Na nossa condição de arquitetos, na hora de projetar, devemos ser capazes de diferenciar quais são os atos principais, imprescindíveis para que aquele programa (atividade humana) aconteça, daqueles que desempenham um papel secundário dentro da totalidade. Desta maneira essa “criação conceitual” do programa é fundamental na definição e hierarquização dos espaços que vão determinar os lineamentos iniciais da forma.

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Você sabe o que é o Partido em Arquitetura?

Você sabe o que é o Partido em Arquitetura?

O partido é o prenuncio da forma, apresentado de maneira gráfica… ou seja, um desenho. O partido é um croqui ou diagrama onde as ideias e conceitos se transformam em um conjunto comunicável de indicações que norteiam o projeto. Ou seja, uma imagem que você apresenta e o outro entende. O partido é a representação gráfica de um processo intelectual, onde ideias são plasmadas em um conjunto coerente e unitário. O partido deve ser pensado como a antecipação figurativa inicial do projeto. Mas para chegar nesta antecipação figurativa precisamos de todo o conhecimento que adquirimos previamente. Assim, não haverá partido sem fundamento. Mas não pense que o partido aparece como passe de mágica. Mesmo com todo o conhecimento na cabeça, chegar nele será um processo de desenho/design, com erros e acertos. Com avanços e retrocessos. Na maioria das vezes, mais retrocessos do que avanços… Tá, mas de onde eu tiro o meu partido? Excelente pergunta para uma questão complexa. O partido não nasce de uma inspiração momentânea, abstrata e desligada da realidade. Pelo contrário, este é reflexo do conhecimento e o entendimento do arquiteto sobre todas as variáveis envolvidas: tema, problema de pesquisa, programa, lugar, contexto (clima, pessoas, cultura, história, etc.), material, recursos e normativas. Também não vale de nada você “desenhar” o seu partido depois de ter o projeto pronto. O partido deve vir, de maneira natural, através do conhecimento adquirido ao longo da sua pesquisa inicial e levantamento das variáveis. Aí, com auxílio da imaginação (tipo Bob Esponja), o arquiteto será capaz de antecipar o resultado figurativo do projeto. A esta antecipação figurativa inicial chamamos de partido. E não pense nele como único ou estático. O partido é o gesto inicial, mas este vai se ajustando ao longo da pesquisa no projeto de arquitetura. Ele acompanha as decisões de projeto e os rumos que este toma ao longo do seu desenvolvimento. Sacou? Curta. Compartilhe. Comente

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Lugar para o Projeto de TFG de Arquitetura

Como escolher o Lugar para o Projeto de TFG?

Primeiro, qual é a importância do lugar? Perceba que o lugar traz condicionantes espaciais, tipológicas, funcionais, histórico-culturais, sociais, afetivas dentre outras, e não apenas aquelas de ordem normativa ou bioclimática. Devemos entender o lugar como espaço habitado pelo homem, dentro de um determinado tempo e um determinado contexto social e cultural. Sabendo disso percebemos que não é qualquer lugar que vai nos permitir incluir o programa do nosso projeto. Por exemplo, não é numa zona residencial que vou locar o meu Santuário para Animais ou meu Centro de Equoterapia. Também não vou pensar em locar uma biblioteca pública no meio do mato. Dito isto, que aparenta ser obvio, percebemos que, assim como há restrições, também haverá condicionantes que poderão potencializar o nosso projeto ou a nossa pesquisa. Por exemplo, se o meu tema tivesse relação com a paisagem e de como esta ajudaria a constituir um espaço de convívio, dificilmente obteria resultados encorajadores no meio de uma área densamente construída e sem elementos naturais em volta. Se o problema de pesquisa do meu tema tivesse relação com a superposição de estruturas para configurar limiares entre o espaço público e o privado, seria de muito mais valia encontrar um lugar onde acontece de fato uma vida urbana consolidada para testar a minha hipótese. Se fosse para revitalizar uma área por meio do projeto, o contrário seria o ideal: ou seja, uma zona urbana degradada. Entendido o que pode e não pode, vamos ver o que precisamos “descobrir” do lugar. Quais são as condicionantes do lugar que afetam ao projeto Dependendo do lugar escolhido, existirá um maior ou menor grau de complexidade nas condicionantes que afetam o projeto. Para nos aproximar deste conhecimento precisamos fazer uma análise dos dados objetivos, mas também daqueles onde incide a subjetividade e a experiência do observador. Se começamos pelo contexto físico A análise começará pelo terreno, a sua orientação, dimensões métricas, incidência solar, limites físicos etc. Segue-se pela análise do entorno urbano, reconhecendo a morfologia, espaços de uso público, sistema viário, pré-existências históricas, infraestrutura etc. Indo para o contexto social Deveremos analisar os traços essenciais que o caracterizam, revelando as relações existentes entre os aspectos históricos, culturais, econômicos e religiosos do lugar. Já, na abordagem do contexto espacial-arquitetônico Precisaremos fazer uma leitura poética ou sensível do lugar, fazendo uma valoração seletiva, intuitiva e intencional da realidade, selecionando as qualidades características do contexto nos aspectos perceptivos e sensíveis e das suas relações espaciais com o lugar. E aí, gostou?

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Você sabe o que é o Tema para um TFG de Arquitetura?

Você sabe o que é o Tema para um TFG de Arquitetura?

De maneira simples, o tema para uma “pesquisa arquitetônica” é aquele que tem relação com os CONCEITOS específicos da nossa profissão, e que em geral podem ser aplicados ou transferidos para outras situações de projeto: espacialidade, materialidade, técnicas etc. Espacialidade – Materialidade – Técnica Um erro comum é acreditar que um programa possa ser considerado como um tema para uma pesquisa em arquitetura. Tipo, a minha pesquisa é um “Centro de Equoterapia”, ou a minha pesquisa é um “Planetário”. Ambos são exemplos de programas e não de temas para uma pesquisa em arquitetura. Por outro lado, a pesquisa em arquitetura não é uma pesquisa cientifica, como a realizada nos programas strictu sensu. A pesquisa em arquitetura está estreitamente ligada ao projeto e seu desenvolvimento. Mas como? Um tema em um TFG de arquitetura deve conter um conceito relativo à arquitetura ou urbanismo que permita a você pesquisar sobre um assunto da nossa área. Por exemplo, – Dualidade cheio/vazio na composição de espaços contínuos; – Renovação, requalificação ou revitalização dos espaços públicos; – Paisagem urbana e natureza construída; – Permeabilidade de coberturas em madeira laminada; – Estruturas modulares aplicadas em conjuntos residenciais; Desta maneira o problema de pesquisa é uma questão específica que você quer investigar dentro do seu tema. Mas, e aqui está o que interessa, para poder formular essa questão em arquitetura você precisará de um projeto. Seja para uma questão arquitetônica ou urbanística. A diferença de outras áreas do conhecimento, a pesquisa no TFG de arquitetura vai sendo realizada ao longo de todo o processo, ajustando e validando as decisões durante e até a finalização do projeto. E para formular o projeto você precisará do programa. Pois é, é aqui que entra o programa. Programa é aquilo que vai dar sentido ao projeto e que vai permitir desenvolver a sua pesquisa. Agora junte o nome do seu tema ao do programa e você terá o nome do seu projeto. Por exemplo: – “Dualidade entre cheio/vazio na composição de espaços contínuos em edifícios de uso público. Centro de Capacitação de Belém-PA”; “A madeira laminada como envolvente de espaços permeáveis. Novo Centro Comunitário de Campinas-SP”; “A paisagem como elemento ordenador do espaço público. Revitalização no entorno da feira de São Joaquim, Salvador-BA”; “Estruturas modulares aplicadas em ambientes de ensino – Containers na execução da Escola Montessori de Londrina-PR”. E aí, ficou claro?

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